terça-feira, 5 de março de 2013

CONHEÇA UM POUCO MAIS SOBRE A DISLEXIA



A dislexia é um distúrbio de aprendizagem que atinge crianças (mais meninos do que meninas) com dificuldades específicas de leitura e escrita. Essas crianças são incapazes de ler com a mesma facilidade que seus colegas da mesma idade, apesar de terem todo o aparato físico e psicológico considerados normais.

O disléxico tem geralmente a seguinte história de vida:
1)      Algum parente próximo com a mesma dificuldade de linguagem;
2)      Nasceu provavelmente de um parto difícil;
3)      Adquiriu, quando criança, alguma doença infectocontagiosa, que tenha produzido convulsões ou perda de consciência;
4)      Atraso na aquisição da linguagem ou perturbações na articulação da mesma;
5)      Atraso para andar;
6)      Problemas de dominância lateral (uso retardado da mão esquerda ou direita).

Conheça alguns erros de leitura e escrita encontrados na dislexia:
·         Confusão de letras, sílabas ou palavras com pequenas diferenças de grafia: a/o, c/o, e/f etc.
·         Confusão de letras, sílabas ou palavras com grafia semelhante, porém com orientação espacial diferente: b/d, p/b, b/q etc.
·         Confusão de letras que possuem sons parecidos: b/d, p/q, d/t, m/b etc.
·         Inversão parcial ou total de sílabas ou palavras: me em vez de em, sol em vez de los, som em vez de mos etc.
·         Substituição de palavras por outras estruturas mais ou menos semelhantes: salvou no lugar de saltou, sentiu no lugar de mentiu.
·         Contaminação de sons: lalito em vez de palito.
·         Adição ou omissão de sons, sílabas ou palavras: casa em vez de casaco, neca em vez de boneca etc.
·         Repetição de sílabas, palavras ou frases: mamacaco, paipai.
·         Salto de linha, volta à linha anterior e perda da linha durante a leitura.
·         Acompanhamento com o dedo da linha que está sendo lida.
·         Leitura do texto palavra por palavra.
·         Problemas de compreensão do texto.
·         Escrita em espelho (em sentido inverso ao normal).
·         Letra ilegível.
·         Leitura analítica e decifratória: quando lê silenciosamente, a criança não consegue deixar de murmurar ou mover os lábios, pois precisa pronunciar as palavras para entender o seu significado.

O cérebro de um disléxico é perfeito; por isso, quanto mais cedo a criança entrar em contato com a linguagem, melhor. Através de técnicas terapêuticas, a maioria dos disléxicos pode ler e estudar normalmente. Para isso, porém, deverá se esforçar muito. Grande parte dos disléxicos não tem gosto pela leitura, nem é capaz de dominar a leitura e a ortografia de uma segunda língua (língua estrangeira). O disléxico deve ser incentivado, através de métodos especializados de alfabetização. Com a definição de seu distúrbio, a criança fica mais sossegada, pois não é mais tachada de preguiçosa, desatenta, etc.

Veja algumas sugestões para ajudar a criança disléxica na escola:
1)      Explique à criança o seu problema.
2)      Sente-se ao lado dela.
3)      Não force o aluno a aceitar a lição do dia.
4)      Não o pressione com o tempo, nem estabeleça competições com os outros.
5)      Seja flexível quanto ao conteúdo das lições.
6)      A criança pode tentar disfarçar seus erros, através da caligrafia ilegível.
7)      Faça críticas construtivas.
8)      Estimule o aluno a escrever em linhas alternadas, o que permite a leitura da caligrafia imprecisa.
9)      Certifique-se de que a tarefa de casa foi entendida pela criança.
10)  Peça aos pais que releiam com ela as instruções.
11)  Evite anotar todos os erros na correção. Dê mais importância ao conteúdo.
12)  Não corrija com lápis vermelho. Isso fere a suscetibilidade da criança com problemas de aprendizagem.
13)  Procure descobrir os interesses da criança.
14)  Procure leituras que interessem à criança.


Referência bibliográfica: DROUET, R.C.R. Distúrbios da aprendizagem. São Paulo: Ática, 2003. Com adaptações de artigo de Ubiratam B. Mattani, em Ciência, ano I, nº 1, jan/fev. 1987.


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